Após 65 anos, mulher impedida de se formar por gravidez se gradua
Joan Alexander, de 88 anos, foi barrada na universidade nos anos 1950 por estar grávida. Décadas depois, recebeu o diploma em Pedagogia
atualizado
Compartilhar notícia

Joan Alexander, 88 anos, finalmente realizou o sonho de concluir o ensino superior mais de seis décadas após ter sido impedida de se formar por estar grávida. A cerimônia simbólica foi realizada no mês ado pela Universidade do Maine, nos Estados Unidos, com direito a diploma e reconhecimento oficial.
Natural de New Hampshire, Joan deveria ter se formado em 1959, mas foi proibida de atuar como estagiária — requisito obrigatório da graduação em Pedagogia — por estar esperando o primeiro de seus quatro filhos. Sem a conclusão do estágio, não pôde colar grau na época.
Segundo informações do portal da Universidade, a retomada dessa história só aconteceu após uma das filhas de Joan, Tracy, procurar a universidade no início deste ano para contar o caso. Com apoio de autoridades acadêmicas, como o reitor associado Justin Dimmel, a universidade considerou válido o trabalho que Joan realizou nos anos 1980 como assistente em tempo integral em um programa pré-escolar. Isso foi suficiente para cumprir a exigência que faltava.

“Não imaginei que isso significaria tanto para mim, mas agora sinto que um vazio foi preenchido”, disse Joan, emocionada, em comunicado divulgado pela universidade. “Meus pais não cursaram a faculdade, então essa conquista tem um peso especial.”
Joan ou a vida dedicada à família e ao serviço comunitário. Criou as quatro filhas, muitas vezes sozinha, enquanto o marido servia em missões pela Guarda Costeira. Atualmente, o casal vive com uma das filhas em New Hampshire. Ao longo dos anos, Joan também atuou como voluntária em igrejas, biblioteca e escola fundamental — sem jamais abandonar a educação, mesmo sem diploma em mãos.
Segundo a Universidade do Maine, ela pode ter se tornado a pessoa mais velha a se graduar na história da instituição.