CVM vê atuação conjunta na Ambipar e enquadra Trustee
Trustee terá que fazer Oferta Pública de Aquisição (OPA) após aumentar participação na Ambipar
atualizado
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A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que Trustee DTVM Ltda. realize Oferta Pública de Aquisição (OPA) por aumento de participação na Ambipar.
A área técnica da autarquia apontou que a gestora “Trustee, por meio de fundos de investimentos por ela geridos, atuou em conjunto com o controlador da Ambipar Participações e Empreendimentos S.A. no âmbito das aquisições de ações de emissão da Companhia por eles realizadas entre julho e agosto de 2024”.
Ainda segundo a CVM, “a medida resultou, em 12/7/2024, após aquisição realizada pela Trustee, na ultraagem do limite de 1/3 de ações em circulação”.
A OPA é um mecanismo de proteção aos investidores minoritários e obriga aqueles que adquirirem fatias relevantes de uma empresa a oferecer condições semelhantes aos demais acionistas. O prazo estabelecido pela CVM para a realização da OPA é de 30 dias, mas cabe recurso.
Atualmente, os papéis da Ambipar são negociados a R$ 121,69, o que dá à companhia um valor de mercado superior a R$ 20 bilhões.
O que diz a Ambipar
Por meio de nota, a Ambipar afirmou que “recebeu com surpresa o comunicado divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinando que a Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. realize uma Oferta Pública de Ações (OPA) devido a um suposto aumento de participação acionária na companhia”.
“A Ambipar, bem como seu controlador, Tercio Borlenghi Jr., atua em total conformidade com a legislação vigente e com as normas regulatórias estabelecidas para o mercado. A Ambipar buscará as devidas informações para tomar as providências cabíveis junto a esse órgão de controle”, encerra o texto.
