PGR pede que militar do “panefone” e réu por golpe permaneça preso
Considerado integrante dos “kids preto”, Rodrigo Bezerra está preso desde novembro do ano ado. PGR cita risco e preservação da ordem
atualizado
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que rejeite o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, réu por suposta participação na tentativa de golpe de Estado.
Azevedo, um dos integrantes do grupo conhecido como “kids pretos” e envolvido no plano para tentar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está preso em Brasília e foi detido em uma operação da Polícia Federal (PF) em novembro do ano ado. Em dezembro, a irmã do militar tentou entrar na prisão com um fone de ouvido e um cabo USB escondidos dentro de uma caixa de panetone.
Gonet argumentou que Azevedo é réu na trama golpista e destacou que a manutenção da prisão é extremamente necessária. Segundo ele, as investigações evidenciaram a participação do militar em grupos operacionais responsáveis por monitorar Alexandre de Moraes e planejar atentados contra a vida de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
“Permanece inalterado o quadro fático considerado para a decretação da prisão preventiva de Rodrigo Bezerra de Azevedo, examinado detalhadamente tanto na manifestação da Procuradoria-Geral da República como na decisão de 17.11.2024, nas quais foram enfatizadas a extrema periculosidade dos integrantes do núcleo da organização criminosa que, de forma planejada, liderou ações de campo voltadas ao monitoramento e à neutralização de autoridades públicas, em contexto de estabelecimento de estratégias e etapas de realização de ruptura institucional no país, bem como a gravidade das condutas e sua natureza violenta”, citou Gonet.
Prisão
O “kid preto” está preso nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB) desde novembro e teve as visitações suspensas após a irmã dele levar equipamentos eletrônicos escondidos em uma caixa de panetone como presente.
Em 28 de dezembro, a irmã do tenente-coronel tentou entrar no batalhão do Exército com uma caixa de panetone. Porém, ao ar pelo detector de metais, durante verificação de itens, o alarme foi acionado.
Nesse momento, o Pelotão de Investigações Criminais (PIC) questionou Dhebora Bezerra de Azevedo sobre o que havia na caixa. Ela, então, disse haver um fone de ouvido.