Justiça rejeita HC de Bruno Henrique em caso de apostas. Entenda
Atleta foi indiciado pela PF por 2 crimes após tomar um cartão durante jogo contra o Santos. Defesa alega incompetência da Justiça Estadual
atualizado
Compartilhar notícia

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) rejeitou, na última terça-feira (3/6), o pedido de habeas corpus (HC) apresentado pela defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O jogador foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por estelionato e fraude em competição esportiva.
O pedido foi analisado pelo desembargador Demetrius Cavalcanti, da 3ª Turma Criminal do Distrito Federal. O Metrópoles teve o à decisão, na qual os advogados do jogador alegaram que a Justiça Estadual não era competente para processar a persecução penal, visto que o caso tem caráter transnacional e interestadual.
Para a defesa de Bruno Henrique, o inquérito sobre o suposto envolvimento do jogador em manipulação de resultados deveria ser analisado pela Justiça Federal do Distrito Federal.
“Entre os argumentos, destaca-se ainda o constrangimento ilegal decorrente da atuação da autoridade judiciária estadual, que autorizou medida invasiva (busca e apreensão do celular do paciente), expondo-o indevidamente na mídia, inclusive com violação de imagem de seu filho menor, além de não observar o devido respeito à competência jurisdicional, configurando vício de origem nos atos praticados”, alegou a defesa.
O pedido de HC foi negado pelo desembargador Demetrius Cavalcanti.
Bruno Henrique foi indiciado pela PF há um mês, como noticiou em primeira mão o Metrópoles. Além do jogador, outras 10 pessoas estão sendo investigadas por fraude em competição esportiva.
Os investigadores encontraram no aparelho celular do irmão de Bruno Henrique troca de mensagens que comprometem o jogador e o colocam diretamente ligado ao esquema de apostas. O atleta foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva.
A PF analisou 3.989 conversas no WhatsApp de Bruno Henrique, sendo muitas delas vazias ou apagadas — o que, para os investigadores, pode indicar que o atacante deletou parte dos registros.
No entanto, os agentes apreenderam o celular do irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Júnior, e identificaram diálogos que mostram o envolvimento de Bruno Henrique no esquema para receber um cartão amarelo durante partida contra o Santos, em Brasília, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.